terça-feira, 17 de agosto de 2010
Lendo a entrevista do Eliana Tranchesi
Já havia pisado numa favela antes?
Quando eu estudava no Madre Alix e no Nossa Senhora do Morumbi, que eram colégios de freira, toda semana íamos à tarde na favela Paraisópolis. Eu dava aula de artes para as crianças. Mas fico muito triste (em visitar favela).
Por quê?
E o que mais me deixa triste. Não se pode fazer nada de imediato. Sou empreendedora Minha vontade é fazer.
Eu não posso tirar aquela gente toda e levar para a minha casa, colocar todo mundo na escola Me dá impotência O orçamento da quadra (na favela do Coliseu) demorou dois meses para sair. Eu já queria levar a arquiteta daqui.
Por que levou seu filho na visita à favela?
No dia que ele for patrão, tem que olhar como eles (empregados) vivem para ver como as necessidades são imensas. O lucro tem que ter limite e tem que dar iima vida digna para os funcionários.
Teve receio da reação dos moradores?
Não. Não acho que eles me enxergam assim (mulher rica), porque a gente não entra de salto alto. Estamos fazendo uma coisa do jeitinho deles, para melhorar a vida deles, não para melhorar a minha vida Fiquei emocionada de entrar na casa do Zezinho, que tem uma biblioteca lá dentro, tudo arrumadinho.
Como se sentiu com a prisão?
Fiquei triste, me achei injustiçada Eu não seria o exemplo certo para ter sido presa pelos valores que passei para meus filhos e a preocupação que sempre üve com o meu semelhante. De repente você se vê ali, presa, é muito triste. Mas sou muito positiva Talvez isso tenha me levado tocar projetos com mais rapidez. Eu me espiritualizei mais. A gente vive num mundo de muita matéria essa espiritualidade é importante.
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