Eliana concedeu a entrevista exclusiva na sexta-feira 7, dois dias após o debate de MV Bill na Daslu. Enquanto falava dos projetos sociais, a empresária circulava por um lado da butique que os clientes não conhecem. Uma porta espelhada no piso superior dá acesso a uma bem-estrurada creche, que atende 190 crianças de 0 a 14 anos, filhos de seus funcionários.
Por que divulgou seus projetos sociais?
Não fui educada para falar as coisas que faço. É como se falasse: sou linda Minha mãe e a dona Lourdinha (fundadoras da Daslu) ajudaram tanta gente. Outro dia recebi uma carta de uma costureira para quem elas compraram uma casa há 30 anos e eu nunca soube. A pressão aumentou (depois da prisão), fui cobrada. Quem deu R$ 11 milhões em 17 anos? Poucas empresas. A loja tem 750 funcionários. Ajudei 100 a terem casa própria.
A idéia de lançar Falcão na Daslu foi sua?
Foi do Celso Athayde. Quando esteve aqui paia falar do projeto, ele comentou: "Bacana seria lançar o livro aqui". "Então vamos fazer", disse na hora
Preparou-se para críticas?
Sempre alguém vai criticar. Mas tenho 48 anos de responsabilidade social. Por vender luxo, fiquei responsável pela desigualdade brasileira, e a minha vida foi um exemplo do contrário. Não admito uma pessoa trabalhar para mim e não ter dinheiro paia pagar remédio para os filhos. Os empregados da minha casa ganham R$ 2 mil e têm casa própria, estão no seguro saúde igual ao dos meus filhos. Criei o filho da minha babá. Quando nasceu minha última filha ela me contou que estava grávida do namorado dela e não queria casar. Falei para ter o bebê na minha casa. Ele foi criado junto com a minha loirinha de olhos verdes. Minha fi-lhinha e o pretinho foram para a mesma escola
Você se preparou para ir à favela?
Eu errei no sapato. Fui com uma sandália rasteira e, para subir na favela, você tem que estar de Havaianas ou tênis porque a Havaianas gruda no chão. Essa malandragem eu aprendi depois.
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