quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Opostos unidos Marco Nanini e Ney Latorraca
Nanini conta que penou para convencer Latorraca de que Irma Vap daria certo no cinema: "Eu só faço fita", diz Latorraca.
Nem tudo foi piada. Ney Latorraca foi operado duas vezes de úlcera, e Nanini fez uma cirurgia de garganta, mas nenhuma dor se compara à da perda de Nena, mãe de Latorraca, em 1994. Nanini percebeu que o parceiro tinha perdido a vontade de rir e, paralelamente a Irma Vap, produziu outra peça, O Médico e o Monstro, para reanimá-lo. "O início dos ensaios foi difícil e cheguei a ameaçar de tirá-lo do elenco para forçar uma reação, é claro", afirma Nanini. Conhecendo o amigo, ele espalhou cartazes da peça por São Paulo com uma imensa foto de Latorraca, e o tiro foi certeiro. "Ficava feliz com meu carão nas ruas", diz ele. A cortina de Irma.
Vap se fechou no auge, diante de 4 mil pessoas. "Parecíamos dois copos de chope no imenso palco do Metropolitan, no Rio", brinca Latorraca. Quando, há três anos, Carla Camurati sugeriu levar a peça às telas, Latorraca pensou que fosse pegadinha. Já Nanini, saudoso, achou a idéia suculenta e penou para convencer o colega. "Só faço fita, gosto de chamar atenção. Eu preciso é ficar sossegado que nem o Nanini... Mas aí tudo acaba, são as diferenças que nos unem", diz Latorraca, que não pretende parar de acumular histórias ao lado do amigo. "Somos que nem vinho. Cada vez melhores."
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