MARCO NANINI é tímido e racional. NEY LATORRACA é impulsivo e extrovertido. As diferenças são o segredo de uma parceria de duas décadas celebrada no filme Irma Vap - O Retorno.
Nesses 11 anos de camarim em comum, Nanini devorava um livro por semana e esbravejava que não conseguia se concentrar quando Latorraca ouvia músicas de Emílio Santiago, Marisa Monte e Adriana Calcanhotto. "Maldita hora em que dei aquele toca-fitas para ele", reclama Nanini. Em algumas noites, cada um cuidava da própria maquiagem. Em outras, Latorraca implorava pela ajuda do colega. Nanini lembra quando entrou em cena com um cabide enredado no vestido, e a platéia foi abaixo. "Todos riam sem parar", diz Latorraca, entregando que, mais de uma vez, o amigo subiu ao palco com a peruca trocada. Inesquecível, porém, foi a sessão em que Ney Latorraca quase teve uma congestão em São Paulo, por culpa de uns sanduíches de mortadela uomi loucamente ate o terceiro smai. Suava sem parar, me sentia pesado no palco. E o Nanini, claro, só beliscou", lembra Latorraca.
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