Nascida na pequena cidade portuária de Tu-apse, a miss herdou da Rússia o gosto pela música clássica e literatura. "Também componho, mas por hobby", conta. "Só não mostro a ninguém, porque sou tímida" Desde os seis anos, Natalie estuda piano e cita as sinfonias de Cho-pin e Mozart como seus sons prediletos. "Os concursos de beleza internacionais priorizam cada vez mais o conteúdo das misses, acompanhando a mudança no comportamento feminino", observa Boanerges Gaeta Jr., organizador do Miss Brasil. Formada em Comércio e Gerência em Tecnologia da Informação pela faculdade Ryerson, em Toronto, Natalie pretende ingressar em uma pós-graduação na área assim que deixar o posto daqui a três meses. E voltar à vida normal: "Minha rotina me impede de ter namorado". De fato. Antes de chegar ao Brasil, ela cumpriu compromissos no Havaí, Tailândia e Japão. Ao todo, foram 14 viagens internacionais em nove meses.
O sacrifício, porém, vale a pena. Só este ano, entre prêmios e salário mensal - cujo valor é mantido em sigilo -, a miss faturou cerca de US$ 300 mil. Ela conta ainda com o privilégio de viver em um apartamento de três quartos em Manhattan e ter todas as despesas com roupas e alimentação custeadas pela organização do concurso. "Nunca pensei ser a mulher mais linda do mundo", observa. "Decidi sozinha concorrer."
As medidas de Natalie que lhe renderam o título de miss não foram esculpidas por bistu-ris, como é comum hoje no concurso. Os 57 quilos dela distribuídos em 1,78 metro são mantidos com uma dieta de 1.500 calorias diárias. Talvez por isso, a miss não sucumbiu ao cardápio composto por picanha, arroz, farofa e batata frita do Garota de Ipanema.
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